O número de anzóis e de barcos de pesca deve ser limitado na área dos montes submarinos de Sudoeste que se situam na Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores.
A opinião é do subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona, e foi expressa sexta-feira, na cidade da Horta, durante um encontro com investigadores e associações de pescadores, para tratar questões relacionadas com a gestão dos recursos nos montes submarinos da ZEE e analisar os resultados do Projecto OASIS (OceAnic Seamonts: an Integrated Study).
A ideia, explicou Marcelo Pamplona, é proteger os recursos pesqueiros existentes em zonas tão sensíveis como são os bancos e montes submarinos, com vista a tornar as pescas numa actividade cada vez mais sustentável.
O subsecretário regional das Pescas lembrou, a propósito, que, no passado mês de Setembro, foi já dado um passo importante para o futuro das pescas nos Açores, quando o Conselho de Ministros responsáveis pelas Pescas na União Europeia aprovou o regulamento comunitário que proíbe a utilização do arrasto de fundo e das redes de emalhar de profundidade na Zona Económica Exclusiva do arquipélago.
Advogou, todavia, que, em defesa dos recursos piscatórios e da sua preservação, à proibição definitiva do uso dessas artes altamente lesivas importa também acrescentar, no futuro, a limitação do número de anzóis e de barcos de pesca nos montes submarinos de Sudoeste da ZEE dos Açores.
Marcelo Pamplona manifestou-se, ainda, favorável à criação de uma área de protecção na zona do Banco Sedlo, situado na ZEE, na fronteira das 100 milhas, se tal merecer também a concordância das associações de profissionais da pesca.
A eventual criação de uma área de protecção no Banco Sedlo, com uma profundidade mínima da ordem dos 700 metros, permitiria que os investigadores, com a colaboração dos pescadores, pudessem acompanhar com maior eficácia a evolução das espécies de profundidade ali existentes.
GaCS/FG
17 de october, 2005 por Lotaçor