A Pesca que nos Açores remonta à colonização das ilhas, explora cerca de 80 das mais de 500 espécies marinhas que compõem o ecossistema. Maioritariamente artesanal, os aparelhos de linha e anzol dominam as diversas pescarias.
Aliás, nas águas em torno dos Açores a potencialidade pesqueira é condicionada pela profundidade, fortes correntes e pela natureza e irregularidade do fundo, que dificultam a utilização de artes de pesca. Assim, a pesca praticada pela frota regional é realizada na proximidade das ilhas, nos bancos de pesca e nos montes submarinos que apresentam profundidades menores do que os 1.000 metros.
A riqueza das águas em torno dos Açores, longe de ser proporcional à sua dimensão, é condicionada por fatores relacionados com a profundidade que reduzem em muito a sua potencialidade, sobretudo se tomarmos como termo de comparação zonas privilegiadas como são as plataformas continentais.
A zona marítima dentro das 200 milhas marítimas em torno dos Açores tem 954.496 km², sendo que nestas águas apenas 8.618 km² (0,9%) possuem profundidades inferiores a 600 metros. Estas áreas menos profundas, de maior produtividade, estão situadas ao redor das ilhas e, de forma dispersa, em bancos de pesca e montes submarinos.
A área das 100 milhas marítimas em torno dos Açores é de 376.840 km², com apenas 7.870 km² (2%) de fundos até aos 600 metros. A zona entre as 100 e as 200 milhas tem de área 577.600 km², mas apenas 748 km² de fundos inferiores aos 600 metros (0,1%).