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Governo desafia pescadores a promoverem uma melhor organização em terra

O Subsecretário Regional das Pescas exortou ontem à noite, na Vila de Água de Pau, os pescadores açorianos a alterarem a sua mentalidade e apostarem na sua organização em terra. Na cerimónia de homenagem a oito pescadores pauenses que, nas suas embarcações, asseguram cerca de 100 postos de trabalho, Marcelo Pamplona advoga que só planeando de forma conjunta a actividade da pesca, das descargas e das vendas do pescado, é que se consegue valorizar ao máximo as capturas. O governante reafirmou que só com uma melhor organização é que os pescadores podem obter uma maior defesa dos seus interesses, nomeadamente, através de um planeamento mais adequado da sua actividade económica. Considerou, no entanto, que a pesca é uma profissão difícil mas digna e que nem sempre tem sido devidamente valorizada pela sociedade. Defendeu, por isso, que as comunidades ligadas às pescas, responsáveis pelo auto-abastecimento alimentar da restante população deste arquipélago ao longo dos séculos, são o sustentáculo de um sector que representa um potencial económico e de exportação de produtos do mar, levando bem longe o nome dos Açores no mercado global em que está inserido. Na inauguração do núcleo museológico da “Casa dos Pescadores”, em funcionamento desde 2003 na Vila de Água de Pau e que foi objecto de recentes obras de ampliação e beneficiação, aquele membro do executivo açoriano sublinhou que o labor diário dos pescadores contribui, de forma decisiva, para o desenvolvimento dos Açores. O Subsecretário Regional das Pescas sustentou mesmo que os homens do mar constituem, desde o povoamento das ilhas, um pilar fundamental para o desenvolvimento de uma região marítima como é o caso dos Açores. Marcelo Pamplona, que presidiu às duas cerimónias públicas, reconheceu ainda que os pescadores da Vila de Água de Pau, no concelho da Lagoa, em São Miguel, são um valioso património humano do arquipélago. GaCS/CM
5 de september, 2011 por Lotaçor