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Governo apostado no desenvolvimento sustentado da pesca nos Açores

O subsecretário regional das Pescas defendeu hoje, em Ponta Delgada, que é importante encontrar soluções noutras águas e mercados para a crescente procura de matéria-prima por parte da actual indústria de transformação de peixe existente nos Açores. Marcelo Pamplona que falava sobre o “Sector das Pescas nos Açores”, no âmbito do seminário “O Mar na Constituição da República Portuguesa”, integrado no 25º aniversário da Cooperativa “Porto de Abrigo”, considerou fundamental a dinamização da pesca-turismo para a renovação de mentalidades. Preconizou, também, a introdução nas ilhas da aquicultura marinha sem, no entanto, prejudicar o meio ambiente açoriano. Aquele membro do executivo açoriano advogou, igualmente, um maior envolvimento dos profissionais das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia (RUP) na Política Comum das Pescas, visando a criação de um Conselho Consultivo das RUP. Frisou, ainda, a necessidade de protecção da Zona Económica Exclusiva dos Açores (ZEE) no seio da Política Comum de Pescas. Na exposição que fez sobre as pescas açorianas e sua evolução, Marcelo Pamplona afirmou que existem actualmente um total de 697 embarcações licenciadas, tendo revelado que até princípios de 2012 vão ser construídas mais cerca de 200 embarcações, ou seja mais 30 por cento da frota renovada da Região Autónoma. A este propósito, acrescentou que o Governo Regional irá disponibilizar 15 milhões de euros para apoiar o programa de renovação da frota de pesca açoriana. Entre as infra-estruturas públicas de apoio ao sector, esclareceu que nos Açores existem 46 portos e 15 núcleos de pesca, bem como um total de 505 casas de aprestos, oito oficinas de reparação naval, 11 lotas e oito entrepostos frigoríficos distribuídos pelas diversas ilhas. Em matéria de indústria transformadora do atum, o subsecretário regional das Pescas indicou haver quatro empresas localizadas em cinco ilhas e seis fábricas em funcionamento que laboram cerca de 20 mil toneladas de atum. A concluir a sua intervenção, Marcelo Pamplona alertou para a importância da preservação das espécies pesqueiras, como garantia do futuro do sector a longo prazo no arquipélago, e da melhora da organização do ramo da captura, transformação e comercialização. Sublinhou que o executivo açoriano aposta no desenvolvimento da produção de novas espécies que ainda não estão a ser exploradas comercialmente e de novos produtos finais. Considerou fundamental aprofundar a colaboração entre o sector público e privado e o reforço e a intervenção mais activa do sector associativo na comercialização. GaCS/CM
7 de september, 2009 por Lotaçor