“Esta obra não é uma obra qualquer: o novo Porto de Pescas da Praia é o resultado de um projecto ambicioso, voltado para o futuro da actividade e da ilha, que gerou, como pode ser observada, uma excelente zona de abrigo e de serviço aos pescadores graciosenses.”
Foi com esta afirmação que o presidente do Governo dos Açores começou por se referir ao porto de pescas da Praia, que acabava de inaugurar. Uma obra que considerou necessária e merecida pela comunidade piscatória da ilha.
Para além de cais acostáveis e passadiços flutuantes que permitem a atracação simultânea de mais de quarenta embarcações, foram instalados uma grua de dez toneladas, construídas novas casas de aprestos e um edifício de apoio às actividades de formação nas pescas, bem como a nova sede da Associação de Pescadores Graciosenses.
Como sublinhou Carlos César, a requalificação operada permite oferecer, agora, melhoradas condições de trabalho à comunidade piscatória, disponibilizando maiores facilidades logísticas e maior segurança aos tripulantes das embarcações da pesca que utilizam aquele porto no desempenho das suas tarefas profissionais.
“Estamos convencidos de que a edificação de mais este pólo estruturado de actividades marítimas, onde o Governo já investiu mais de sete milhões de euros, reforça a sustentabilidade económica da Graciosa, porque não só melhorou as condições das actividades da pesca como criou condições para dinamizar actividades turísticas e recreativas associadas”, disse.
E o presidente do Governo aproveitou a ocasião para anunciar outros investimentos, ainda nesta legislatura, naquela zona portuária, com a construção da nova lota – cuja empreitada já foi mesmo adjudicada –, a instalação de um pórtico de varagem e a construção de mais casas de aprestos, obras de valor superior um milhão e duzentos mil euros.
Realçando o trabalho desenvolvido para a recuperação do abandono em que, há uma década, se encontrava a rede regional de portos, lembrou as medidas criadas para apoio às pescas, nomeadamente a majoração do POSEIMA nas Ilhas da Coesão com ajudas de quarenta cêntimos por quilo, no caso do pescado escoado por via aérea, e de dez cêntimos por quilo no caso do atum destinado à indústria conserveira.
Carlos César aludiu, também, ao sucesso da negociação para a renovação da frota de pesca, frisando que isso permite substituir as embarcações com menores condições de comodidade e de segurança por embarcações mais modernas e com melhores condições de trabalho e mais perspectivas de diversificação das capturas.
“Ou seja, sendo certo que esta, como outras actividades económicas, apresentam actualmente desafios de grande complexidade, quer no que toca à gestão de recursos quer nos processos de posição no mercado, o Governo acredita e trabalha num futuro sustentado para o sector, do qual, aliás, se espera um contributo relevante para a economia regional e para os sectores transformadores e exportadores da nossa Região”, concluiu.
GaCS/CT
2 de july, 2009 por Lotaçor