O subsecretário regional das Pescas considera que o Programa de Observação para as Pescas dos Açores (POPA) potencia “todas as ferramentas que a ciência tem para melhorar o conhecimento sobre a actividade da pesca do atum”.
A posição de Marcelo Pamplona foi expressa no final do workshop “Programa de Observação para as Pescas dos Açores: passado, presente e futuro”, que decorreu segunda-feira no Centro do Mar, com a participação de cientistas dos Açores e de vários países, entre os quais os Estados Unidos da América.
Segundo explicou, o POPA, que foi criado em 1998 com o objectivo de possibilitar a certificação das pescarias e conservas de atum dos Açores, veio ao encontro da ciência e dos armadores, potenciando hoje em dia um melhor conhecimento melhorar sobre a actividade da pesca dos tunídeos.
Para o governante, “a articulação entre a ciência e a actividade profissional da pesca é fundamental”, designadamente para se “melhorar a captura através de uma maior racionalização da pesca, com recurso a instrumentos científicos de detecção de cardumes por satélite, que o Departamento de Oceanografia e Pescas já dispõe”.
Permite, também, que as embarcações pesquem mais em conjunto e forneçam informação mais detalhada aos próprios cientistas, “para que se consiga estudar melhor como é feita a migração” dos tunídeos no arquipélago, acrescentou.
Marcelo Pamplona destacou igualmente a circunstância da presença de cientistas norte-americanos neste workshop ter permitido aos investigadores açorianos um contacto com “metodologias diferentes”, uma vez que nos Estados Unidos existem também programas semelhantes ao POPA.
Surgido há dez anos com o objectivo de possibilitar a certificação “Dolphin safe” do atum capturado pela frota atuneira do arquipélago, o POPA envolve a universidade açoriana, através do Centro IMAR e do Departamento de Oceanografia e Pescas, e o Governo dos Açores, através da Direcção Regional das Pescas.
GaCS/FG
15 de september, 2008 por Lotaçor