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Subsecretário regional das Pescas apresentou comunicação no seminário “As RUP e a Política Marítima Europeia”

O subsecretário regional das Pescas participa no seminário de dois dias sobre "As Regiões Ultraperiféricas e a Política Marítima Europeia", hoje iniciado em Saint-Denis, na ilha de Reunião. Na comunicação apresentada no fórum, em que os Açores tão representados, também, pelo director regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa, Marcelo Pamplona sublinhou a importância que as Regiões Ultraperiféricas (RUP) têm no contexto da União Europeia, pois são elas as principais responsáveis pela dimensão marítima da Comunidade, dado que projectam um espaço de cerca de 2,5 milhões de quilómetros quadrados de Zona Económica Exclusiva. "É esta dimensão marítima que as RUP transportam para a União Europeia que é importante frisar por um lado, e por outro, chamar a atenção para a necessidade de se continuar com uma economia marítima forte nestas Regiões e ter em conta alguns problemas que estas regiões enfrentarão se não forem tidas em conta as suas especificidades", sustentou. O governante açoriano alertou a União Europeia para a necessidade de "ter em conta as especificidades das Regiões Ultraperiféricas, as suas fragilidades biológicas e que o esforço de pesca não seja exercido de forma intensiva, de modo a que esta economia marítima ligada ao sector das pescas seja duradoura e possa continuar para as gerações vindouras dos que habitam estas áreas geográficas". A comunicação de Marcelo Pamplona serviu para apresentar as indicações transmitidas pelo estudo encomendado pelo Governo Regional dos Açores sobre a perspectiva das pescas nas Regiões Ultraperiféricas no horizonte de 2013 e para divulgar alguns dados referentes às RUP. Baseado nessas indicações, o subsecretário regional advertiu para a fragilidade dos recursos que obriga a que, na própria Política Comum de Pescas, seja assegurada " uma atenção especial para que não se exerça um esforço" de capturas que leve à "delapidação dos recursos destas regiões, na maioria dos casos depende da pesca". Sublinhou, ainda, o facto da frota de pesca das RUP ser constituída por embarcações de pesca artesanal, o que representam uma mais valia, pois vendem o pescado fresco e de grande qualidade, trazendo por isso maior peso para a economia das Regiões Ultraperiféricas. "Torna-se necessário continuar, até 2013, a modernizar a frota das RUP, dado que as embarcações existentes são normalmente pequenas, a maior parte delas de boca aberta, e com motores relativamente fracos", disse. Marcelo Pamplona referiu-se, por último, aos mercados europeus afirmando "que os mercados das Regiões Ultraperiféricas apresentam uma grande fragilidade, pois como os seus mercados são de reduzida dimensão, os preços de venda dos produtos da pesca acabam por ser menores do que aqueles cujas empresas estão localizadas no Continente Europeu". GaCS/AP/LC
24 de september, 2007 por Lotaçor