O presidente do Governo Regional dos Açores afirmou, hoje, que a agenda do seu executivo para o mar se baseia no desenvolvimento de uma economia “alicerçada numa rede portuária mais eficiente, vocacionada e preparada para as pescas”.
É no quadro dessa estratégia que se enquadra a empreitada de ampliação do porto de pescas da Fajã do Ouvidor, cujo arranque foi assinalado numa cerimónia a que Carlos César presidiu, no segundo dia da visita estatutária do Governo a S. Jorge.
Orçado em 1,2 milhões de euros, o empreendimento prevê a recuperação do cais actual, o alargamento do terrapleno, a implantação de um muro de cortina, o aumento dos fundos e a construção de 19 metros de frente cais, proporcionando cerca de 40 metros de espaço para acostagem e a instalação de uma grua de sete toneladas de capacidade mínima.
Com a requalificação do porto da Fajã do Ouvidor, na freguesia do Norte Grande, cria-se uma porta de entrada para embarcações de pesca local e de recreio e uma estrutura de apoio ao desenvolvimento de actividades marítimo-turisticas no Norte de S. Jorge, potenciando-se o progresso desta zona costeira, assegurou.
Segundo Carlos César, o novo equipamento permitirá, igualmente, aproximar S. Jorge da Graciosa, uma vez que poderá ser utilizado por residentes das duas ilhas.
O presidente do Governo garantiu, também, que as prioridades da Administração Regional nas pescas abarcam outras das componentes da actividade: captura, transformação e comercialização dos produtos.
No segmento da transformação, referiu-se, em particular, aos incentivos criados pelo Governo e que a conserveira de S. Jorge – a Fábrica de Santa Catarina – soube aproveitar, inovando e criando novos produtos de qualidade, caso da linha “Bonito dos Açores”, hoje apresentada.
Quanto ao sector da captura, Carlos César realçou as diligências desenvolvidas pela Região junto da Comissão Europeia, para que seja possível, nos próximo anos, continuar a modernizar a frota pesqueira açoriana e a construir novas embarcações.
Essa modernização terá, no entanto, de realizar-se num “quadro de sustentabilidade, com base num plano de substituição de embarcações que ainda não têm as condições adequadas para que o trabalho no mar seja exercido cada vez mais com maior segurança, melhores equipamentos e maior aproveitamento económico”, acrescentou.
GaCS/AP
3 de may, 2007 por Lotaçor