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Governo investe mais de 1,6 milhões de euros na ampliação do Porto de Pescas de Ponta Delgada, ilha das Flores

Cerca de 1,6 milhões de euros é quanto o Governo dos Açores vai investir na obra de ampliação do Porto de Pescas da freguesia de Ponta Delgada, concelho de Santa Cruz das Flores, cuja primeira pedra foi hoje lançada pelo subsecretário regional das Pescas, Marcelo Pamplona. A empreitada, a cargo do consórcio Somague/Tecnovia, prevê o alargamento dos terraplenos e a construção de um muro cortina e de dois troços de cais com 35 metros de comprimento, onde será instalada uma nova grua com capacidade para sete toneladas. Na ocasião, o subsecretário regional das Pescas disse que a requalificação daquele porto, com vista a poder receber embarcações até 19 metros de comprimento, representa "uma aposta do Governo Regional no reforço e recuperação" do elo que, de há séculos a esta parte, liga a freguesia de Ponta Delgada ao mar. Segundo referiu, a obra vai reforçar as "acessibilidade marítimas na zona Norte da ilha das Flores", com reflexos directos na pesca, nas actividades marítimo-turísticas e no recreio náutico, contribuindo, assim, para um maior desenvolvimento económico daquela freguesia. Para Marcelo Pamplona, a requalificação do Porto de Pescas de Ponta Delgada "não só permitirá estreitar a ligação entre as Flores e o Corvo", melhorando a coesão entre as duas ilhas do Grupo Ocidental, como possibilitará, também, que aquela freguesia "comece a ser visitada por nautas e pescadores oriundos de outras localidades". O governante aproveitou, também, a ocasião para reafirmar a ideia de que o Governo dos Açores está empenhado "numa grande reforma das infra-estruturas e equipamentos públicos da rede regional de portos e núcleos de pesca, de forma a alavancar o desenvolvimento do nosso sector produtivo". É por isso - prosseguiu Marcelo Pamplona - que, nesta legislatura, o executivo continuará a apostar na "construção de novos portos de pesca e da requalificação dos já existentes, da construção de novas lotas, da construção de casas de aprestos e oficinas de reparação naval e da instalação de pórticos de varagem, gruas e guinchos nas zonas portuárias do sector das pescas". Lembrou, todavia, que a sustentabilidade da pesca nos Açores, a competitividade e o diálogo com os parceiros do sector também "são fundamentais para o presente e o futuro do sector das pescas no arquipélago". Disse, ainda, que para o Governo dos Açores "tem sido sempre e será sempre um imperativo da política regional" a defesa intransigente em todas as instâncias da reserva das 200 milhas da Zona Económica Exclusiva para os açorianos. Com esta posição, explicou o governante, queremos garantir uma exploração sustentável dos recursos marinhos nas nossas águas, "para que as pescas continuem a representar uma importante fonte de alimentação para a nossa população, uma relevante actividade económica para os nossos pescadores e uma fonte de emprego com impacte social significativo na nossa Região". Marcelo Pamplona prometeu, igualmente, o apoio do Governo Regional à modernização e renovação da frota pesqueira regional, "num quadro de sustentabilidade, de acordo com um plano de renovação que está em fase final de negociação com a Comissão Europeia", e disse que o diálogo encetado há dez anos atrás com todos os parceiros do sector, no âmbito de uma co-gestão de proximidade, "tem sido fundamental para o desenvolvimento e modernização" das pescas no arquipélago. A este respeito, o governante considerou mesmo que a gestão partilhada, em parceria com os pescadores e cientistas, "é o único modelo que pode, de forma responsável e democrática, garantir o melhor compromisso entre a situação dos recursos e o rendimento dos pescadores". GaCS/FG
26 de april, 2007 por Lotaçor