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Região insiste nas 200 milhas de Zona Económica Exclusiva

O director regional das Pescas, Luís Fernandes, reiterou hoje, em Ponta Delgada, a reivindicação do Governo açoriano no sentido do retorno das 200 milhas como limite da Zona Económica Exclusiva dos Açores (ZEE). Falando na abertura duma conferência internacional subordinada ao tema “A comercialização de pescado fresco na Europa – Presente e futuro”, o director regional explicou que as características da frota açoriana e a dispersão dos recursos, para fora das 50 milhas da actual ZEE assim obrigam, e a interdição até às 200 milhas a outras embarcações garante a renovação dos stocks a o sistema ecológico existente. No que respeita ao esforço de pesca da frota regional, foram criadas áreas de protecção de acordo com as artes e dimensões das embarcações, e foi limitada a dimensão do segmento da frota superior a 12 metros, evitando-se, assim, a sobre-exploração dos recursos haliêuticos através de um regime de gestão racional e cautelar. Luís Fernandes explicou, também, aos participantes que a frota de pesca que opera nos Açores se divide em dois segmentos (a pequena pesca costeira, ou pesca artesanal, que integra um sub-segmento com embarcações de nove a 12 metros, com capacidade de pesca para fora das 50 milhas, e a pesca costeira, segmento constituído pelas embarcações com mais de 12 metros), bem como os elucidou sobre as artes de pesca autorizadas. Em 2005, a frota que esteve em actividade era composta por 605 embarcações de comprimento inferior a 12 metros, e 70 de comprimento igual ou superior a 12 metros. A maioria, portanto, é constituída por pequenas embarcações de boca aberta, que efectuam saídas de menos de 48 horas, sendo o pescado por elas descarregado de maior qualidade e grau de frescura. Esse é precisamente o trunfo que o sector das pescas tem nos Açores para conquistar o mercado das pequenas quantidades, de alta qualidade e alto valor comercial, explicou ainda Luís Fernandes. GaCS/FA
15 de september, 2006 por Lotaçor